Não há nenhuma tabela cronostratigráfica que seja aceite na generalidade. Desde as primeiras tabelas publicadas por Holmes (1913) e Barrell (1917), em que foram adicionaram os valores da idade absoluta dos principais limites, foram sendo publicadas ao longo do tempo mais tabelas e cada vez mais perfeitas, pois cada tabela não é mais que uma proposta de acerto das já existentes e está elaborada com todos os dados disponíveis até à data de publicação, podendo alguns dados conter erros.
No fundo, uma tabela cronostratigráfica é uma escala de tempos relativos relacionada com as idades numéricas mais precisas naquele momento. Portanto, é na escala de tempo relativo que se identificam os intervalos tempo sucessivos e limitados pelo conteúdo fossilífero e se passa a conhecer a idade absoluta do início e do final desse intervalo. Logo, só os fósseis característicos ou bons fósseis de idade têm a capacidade de indicar a idade absoluta dos limites.
No que diz respeito à estrutura, uma tabela cronostratigráfica divide-se em:
- Eonotema/Eon – é a maior divisão da tabela e divide-se em Fanerozóico, Proterozóico, Arcaico e Hadaico. Estes terminam em –óico, pois estes intervalos são, normalmente, reconhecidos com base na vida animal;
- Eratema/Era – a segunda maior divisão, divide-se em Cenozóico, Mesozóico, Paleozóco. E são os limites relacionados com o desaparecimento de um determinado ser vivo;
- Sistema/Período – é a unidade básica, o Mesozóico, por exemplo, divide-se em Triásico, Jurássico e Cretácico;
- Série/Época – é a divisão do Sistema cujo nome é retirado a partir de uma região natural (Jurássico, por ter sido estudade e definido pela primeira vez nos montes Jura, entre França e Suíça), ou a partir das características da época que representa (Carbónica, devido ao grande desnvolvimento de camadas de carvão);
- Andar/Idade – é a divisão mais pequena da tabela e é designado pelo nome de uma localidade ou região geográfica acrescida do sufixo –iano onde, pela primeira, vez foi estudado e definido;
- Fácies – conjunto de rochas com determinadas características que ajudam a conhecer onde e quando se formaram;
- Ma – idade numérica em milhares de anos;
- Orogénese – aparecimento de grandes cadeias montanhosas que ocorreram em determinado período;
- Glaciação – barras que demonstram alturas da história da Terra em que existiu glaciação.
Fig. 1 – Tabela Cronostratigráfica.
Bibliografia:
- Wikipédia. Página consultada a 15 de Outubro de 2010, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Bioestratigrafia>.
- Terra Planeta “Vivo”. Página consultada a 15 de Outubro de 2010. <http://moodle.fct.unl.pt/mod/resource/view.php?id=132860>.
- Vera Torres, Juan (1994), “Biostratigrafia”, in Juan Vera Torres (org.), Estratigrafia – Princípios y Métodos. Madrid: Editorial Rueda, 323-341.
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